Mesmo com o clima mais seco dos ambientes com ar-condicionado, é possível ter uma selvvva cheia de vida, no escritório ou em casa. Compartilhamos uma seleção com 15 espécies capazes de resistir aos espaços climatizados.
Antes de levar esse verde para morar por aí, confira as dicas abaixo:
ESCOLHA O LUGAR CERTO
- A luminosidade é fundamental. Mantenha as plantas em lugares com boa iluminação natural, respeitando as preferências de cada espécie.
- Ao escolher onde as suas moradoras vão ficar, evite a tentação de usá-las para esconder aquele cantinho onde fica a saída do ar-condicionado. Ficar perto dessa área aumenta a chance de as folhas se queimarem.
- Para dar uma força, agrupe as plantas. Isso colabora na formação de um microclima para elas.
CUIDE NO DIA A DIA
- Estar em um ambiente que faz uso frequente e intenso do ar-condicionado pode levar a folhagem a perder umidade facilmente. Por isso, além de regar conforme a necessidade de cada espécie, é preciso borrifar água em toda a planta, de 2 a 3x por semana, de preferência no início da manhã, antes de climatizar o espaço, ou no fim do dia, quando desligar o aparelho e abrir as janelas. Lembre-se de que o ar-condicionado precisa estar desligado até as folhas secarem. Isso evita que elas possam queimar quando forem expostas ao frio intenso.
- Na hora da rega, é importante evitar molhar as folhas caso você vá ligar o aparelho em seguida.
- Em ambientes climatizados a água demora mais para evaporar, o que favorece o apodrecimento das raízes se você pesar a mão na rega. Fique de olho se todos os potes estão com bom escoamento e evite utilizar forrações, como pedras e, principalmente, casca de pinus.
- O excesso de umidade na terra também colabora para a proliferação de fungos e parasitas. Para manter esses invasores longe, aplique óleo de neem 1x por mês e lembre-se de oferecer à sua planta os nutrientes do adubo periodicamente.
- Sempre que puder, abra as janelas, para permitir a ventilação natural.
Se está faltando tempo para regar e borrifar água com frequência, opte por duas guerreiras que podem suportar entre 10 e 15 dias sem água: espada-de-são-jorge e lança-de-são-jorge.
Peperômia-filodendro
Com ramos que chegam a atingir até 1m, a peperômia-filodendro é uma ótima opção para levar as plantas para dentro de casa. Descendo do alto nos cachepôs, sua cabeleira encanta os mais experientes ou aqueles que acabam de despertar para o verde.
Pleomele
De encher os olhos. Resistente às pragas, ao clima seco dos ambientes com ar-condicionado, além de absorver substâncias químicas e purificar o ar contaminado por gases e poluentes. Sobram motivos para a pleomele estar entre as favoritas dos paisagistas e decoradores de interiores.
Embora seja pouco exigente nos cuidados, essa planta tem alguns segredos para marcar presença com volume e porte.
Antúrio
Em formato de coração, um clássico que está ganhando a jovem geração de apaixonados por plantas, com seus tons variados. Do vermelho ao preto, o antúrio também surpreende com portes que não precisam de muito espaço para cultivo.
Seja pela pouca exigência nos cuidados, pela folhagem cheia de vida ou pela beleza das flores –pelo menos o que costumamos chamar de flor – sobram motivos para deixar essa moradora fazer parte da sua selvvva.
Costela-de-adão
Quem vê essa folhagem comportada em um cachepô, não imagina seus impulsos de trepadeira. Mas basta dar uma olhada na vida selvagem para se surpreender com sua resistência, tamanho, capacidade de escalar árvores e de lançar raízes robustas em busca de luz, umidade e nutrientes. Sempre protegida da luz direta do sol.
Das estampas nas roupas aos papéis de parede, a exuberância fez a costela-de-adão cair no gosto de todos.
Jiboia-variegada
Em efeito cascata ou subindo pelas paredes, a jiboia pede pouco em troca da sua cabeleira. Além de ser versátil e emprestar a sua exuberância aos ambientes de luz difusa e meia-sombra, ela tem a capacidade de absorver substâncias químicas, purificando o ar contaminado por alguns gases e poluentes.
Filodendro-cordato
Quem resiste a essas folhas em formato de coração subindo pelas paredes ou descendo das alturas? Pouco exigente nos cuidados, o filodendro é uma ótima opção para todos os tamanhos de selvvva.
Pacová
Quem vê uma mudinha tímida de pacová, não imagina a exuberância que essa planta pode ganhar, com folhas grandes, que brilham de longe. Dona de caules gordinhos, ela guarda as reservas de água para os momentos de escassez e pede pouco em troca de todo o seu volume.
Aglaonema
Olhe de perto e você não vai encontrar duas estampas idênticas entre as mais de 50 espécies de aglaonema. De encher os olhos, elas colorem a selvvva dos mais experientes ou daqueles que acabam de despertar para o verde, atingindo até 1,5m de altura.
Bambu-da-sorte
Sorte, prosperidade, união. Na terra ou na água, essa planta traz a tradição oriental da harmonização dos ambientes e bons fluidos. Resistente e flexível, remete aos encantos do bambu, mas pertence à família das dracenas, como a pleomele.
Seja pela capacidade de purificar o ar ou pela facilidade de se multiplicar, o bambu-da-sorte é uma dose de carinho para homenagear o novo e presentear em nascimentos, casamentos, formaturas, entre tantas outras comemorações.
Zamioculca
Guerreira até nas condições menos favoráveis, essa planta resiste aos longos períodos de estiagem e à pouca luminosidade. Não é à toa que é uma das favoritas nos corredores e halls, onde outras espécies dificilmente sobreviveriam.
Pau d’água
A pau-d’água é uma opção versátil para pintar de verde o ambiente. Com porte que pode chegar a até 4m, ela colabora para deixar o espaço em ordem, já que raramente você verá folhas soltas no chão.
Lança-de-são-jorge
As hastes pontudas e compridas dão o nome a essa planta. Guerreira até nas condições mais difíceis, ela é capaz e resistir a períodos longos de estiagem.
Há quem diga que a lança-de-são-jorge pode afastar as energias negativas. Por isso, é comum encontrá-la cheia de vida na entrada das casas, com até 90 cm de altura.
Espada-de-são-jorge
Nem só do nome místico vive essa guerreira, usada para afastar energias negativas. Quando o olhar da ciência encontrou a espada-de-são-jorge, descobriu que ela tem a capacidade de absorver substâncias químicas e purificar o ar contaminado por alguns gases e poluentes.
Comigo-ninguém-pode
Dona de tons vibrantes, com grafismos variados, essa espécie pode ganhar porte de uma pequena árvore. Com sua beleza cercada de mitos, começando pelo nome popular, ela carrega não só a fama de afastar o mau-olhado e absorver energias negativas, como também de ser uma espécie venenosa.
Lado a lado com outros membros da família das Araceaes, entre eles costela-de-adão e guaimbê, a comigo-ninguém-pode é considerada tóxica. Tudo por conta do oxalato de cálcio, substância guardada no interior das folhas e caules, que causa irritação quando em contato com as mucosas. Isso não faz dela uma planta que não possa morar na sua selvvva. Bastam a observação e o cuidado para um convívio harmônico com crianças e pets. Afinal, assim como a maioria das espécies ornamentais, ela não é comestível e, portanto, não deve ser ingerida. (Confira aqui nossa matéria sobre esse assunto)
Ráfia
Capaz de se adaptar às diversas condições de luz, a ráfia pinta de verde os halls e escritórios. Tudo por conta da sua resistência e versatilidade.
Foto de abertura: André Scarpa