Essa cabeleira rústica dá pistas sobre a nossa selvvva do dia, que pertence à família dos cactos e guarda nos ramos gordinhos a reserva de água para os momentos de escassez. Conheça a Ripsális Elíptica.
Foi graças ao formato curioso destas folhas modificadas que essa planta ganhou seu nome popular. Se você está despertando para o verde, não pense duas vezes: leve a ripsális-orelhinha para morar por aí. Guerreira, ela é pouco exigente nos cuidados e suporta períodos mais longos de estiagem. Fique tranquilo se precisar se ausentar por um tempo, com uma boa rega, sua moradora estará pronta para receber você de volta até 10 dias depois.
Embora seja parente dos cactos, não necessita de sol direto para se desenvolver. Um cantinho bem iluminado, perto da janela, é suficiente. Do verde ao vermelho, a predominância de cores depende das condições de luz. Dê a essa planta um local à meia-sombra para manter o verde cheio de vida, ou observe o vermelho apontar em ambientes ensolarados.
Agarrada aos troncos, tem hábitos de epífita: procurou as alturas para se proteger dos predadores no solo e conseguir um pouco mais de luz. Tudo sem retirar nutrientes da planta parceira, aproveitando a umidade e as vantagens que o cantinho debaixo de uma copa oferece.
Resistente ao sol-pleno, ao vento ou às baixas temperaturas, essa espécie ainda é amiga dos animais, como alguns pássaros, que são presenteados com o sabor das suas frutas, as bolinhas que nascem de tempos em tempos no lugar das pequenas flores.
Em geral, não é considerada tóxica para pets, mas, assim como a maioria das espécies ornamentais, não é comestível e, portanto, não deve ser ingerida.
Quer distribuir mudas por aí? Retire um gominho da planta, coloque em um copo com água. Quando as raízes apontarem, leve para a terra.
Rega: 1x por semana. Nativa das florestas tropicais, ela gosta de umidade e vai adorar receber borrifadas de água em toda sua extensão. Fique de olho apenas para não deixar o substrato encharcado.
Iluminação: meia-sombra ou sol pleno. Procure saber como a sua planta foi cultivada. Geralmente os produtores mantêm essa espécie em estufas com iluminação filtrada em 50%. Por isso, antes de deixá-la em sol pleno, exponha-a gradativamente, mais e mais a cada semana. Durante esse processo, chamado de rustificação, algumas folhas provavelmente vão se queimar, mas persista e logo os brotos nascerão adaptados. Temos matéria sobre iluminação aqui: Guia das plantas: Luz
Problemas comuns: Resistente, essa guerreira não se rende fácil. Poucos problemas são capazes de derrubá-la.
O excesso de hidratação é um deles e pode fazer com que a ripsális aborte alguns ramos, especialmente em ambientes abafados. Fique atento quanto à frequência e ao volume das regas e aproveite para fazer do solo drenado o seu aliado: utilize uma mistura de areia e terra ou substratos próprios para orquídeas e samambaias, para plantá-la no pote. Assim a água não fica retida e consegue escoar com mais rapidez. Procure também manter o local sempre arejado.
Folhas levemente enrugadas são sinal de que está faltando água por aí. Já tons amarelados indicam que você pesou a mão na rega. Grandes e largas, essas estruturas costumam acumular pó. Dê um banho frio na sua planta para favorecer as trocas gasosas.
Para ver o colorido das flores apontar por aí, ofereça ao menos 1h diária de sol direto à sua moradora. Lembre-se também dos nutrientes da adubação.
Essa espécie não costuma atrair pragas, mas pode receber a visita de lagartas. Neste caso, retire uma a uma, manualmente.
Como usar: exibindo sua beleza rústica em cachepôs ou paredes verdes.
Dica da Selvvva: as regas variam de acordo com o ambiente, disponibilidade de luz, umidade do espaço, temperatura, recipiente onde a planta está acondicionada e espécie. As indicações acima são orientações para um primeiro contato com a sua planta, mas não uma fórmula definitiva. Preste atenção às respostas da sua espécie; assim você poderá dosar a água de acordo com as condições da sua planta. É importante não exagerar no volume de água!