O sol não dá trégua por aí? Você precisa conhecer algumas plantas guerreiras, capazes de encher a sua selvvva de exuberância mesmo sob as condições mais intensas no dia a dia.
Se o seu verde está morando à meia-sombra ou luz difusa e é capaz de viver no sol pleno, fique atento na hora de levá-lo para esta nova condição de luz. Vá devagar e exponha a sua planta gradativamente. Comece com 1 hora por dia e aumente o tempo de exposição a cada semana. Durante esse processo, chamado de rustificação (saiba mais a respeito na nossa matéria especial sobre iluminação), algumas folhas provavelmente vão ficar caidinhas, mas persista e logo as novas nascerão adaptadas.
Para não ser surpreendido com folhagem amarelada ou seca, fique de olho na rega: como as roupas no varal que secam logo no calor, as plantas perdem água mais depressa quando estão expostas ao sol.
Trapoeraba-roxa
Essa planta pinta de roxo as ruas da cidade. Facilmente encontrada na natureza, ela desperta nos cantinhos inesperados e pede pouco pelo seu colorido. Bastam algumas horas de sol para crescer cheia de vida e emprestar o seu volume à decoração.
Resistente às condições menos favoráveis, como as baixas temperaturas dos dias frios, essa guerreira tem fome de descobrir novos espaços: um galhinho é suficiente para se multiplicar num piscar de olhos.
Pleomele
De encher os olhos. Resistente às pragas, ao clima seco dos ambientes com ar-condicionado, além de absorver substâncias químicas e purificar o ar contaminado por gases e poluentes. Sobram motivos para a pleomele estar entre as favoritas dos paisagistas e decoradores de interiores.
Embora seja pouco exigente nos cuidados, essa planta tem alguns segredos para marcar presença com volume e porte. Se você escolheu esse arbusto para viver por aí, observe as pistas valiosas que a folhagem, ou a ausência dela, te dá.
Flor-de-cera
Quem vê essa folhagem gordinha e de textura aveludada não imagina a surpresa que ela traz entre a primavera e o verão: de tempos em tempos seus cachos descem em forma de guarda-chuva. Os buquês delicados, com pequenas estrelas perfumadas que deixam as noites mais doces, conferem à flor-de-cera seu nome tão particular.
Resistente, essa planta é capaz de encher de vida com suas flores os cantinhos dentro de casa, um presente incomum para espécies cultivadas em áreas internas, como costuma ser o caso dela.
Planta-jade
Para fortalecer os relacionamentos ou deixar o seu cantinho se render aos encantos verde-jade. Em pequenos vasos ou no auge dos seus 2 metros de altura, essa planta é uma dose de carinho para homenagear as amizades valiosas, que resistem ao tempo.
Guerreira sob as condições mais intensas, ela enfrenta com graça o clima seco e as temperaturas altas, enchendo de beleza os locais onde outras não resistiriam.
Aspargo-pluma
Você já viu essa planta por aí. Queridinha das paredes verticais, ela empresta volume e textura aos lugares onde outras dificilmente sobreviveriam.
Suportar os lugares mais quentes, como os próximos às vidraças que recebem a luz intensa durante o dia, não é o único mérito dessa espécie. Versátil, o aspargo pode se comportar como arbusto, cobrindo paredes e muros, ou como planta pendente, descendo a cabeleira.
Nepentes
Exótica, misteriosa, exuberante. Se você encontrou essa planta em alguma ocasião, vai se lembrar. Ela não passa despercebida. Nem para nós, nem para aqueles que se rendem aos seus encantos mortais. Famosa entre as espécies insetívoras, popularmente conhecidas como carnívoras, ela capta o seu próprio nutriente atraindo os insetos para dentro dos ascídios, os jarros que nascem na ponta das folhas.
Mas nem só destes pequenos seres vive a nepentes, uma das poucas espécies que pode encarar o carinho da adubação como algo muito indesejável.
Ripsális-serrote
Essa planta empresta a cabeleira descendo das alturas com os caules de pontas serrilhadas e as pequenas flores brancas perfumadas. Pertencente à família dos cactos, costuma se fixar nos troncos ou galhos na natureza.
Resistente e pouco exigente nos cuidados, é uma ótima opção para dar um toque rústico à selvvva dos mais experientes ou daqueles que estão despertando para o verde.
Avelós
Do tamanho de uma mudinha ou com porte de árvore, a dona dessa cabeleira é cercada de beleza, curiosidades e polêmicas. Pouco exigente nos cuidados, é resistente à estiagem e pode atingir até 5 m de altura.
Esse arbusto pertence às Euphorbiaceae, uma família com espécies facilmente confundidas com os cactos e as suculentas, mas que possuem um mecanismo particular para se defender dos predadores: o látex.
Quebre um pedaço dos caules, os raminhos verdes que formam esse emaranhado cheio de vida, e você encontrará a seiva esbranquiçada. Uma substância inofensiva para a planta, mas tóxica quando ingerida ou em contato com a pele, mucosa e olhos.
Candelabro
Essa planta engana os mais desavisados, que logo arriscam chamá-la de cacto. Mas observe de perto e você vai encontrar algumas características da família das Euphorbiaceae: as pequenas folhas e o látex para se defender dos predadores.
Guardada no interior dos caules, esta seiva esbranquiçada é tóxica quando ingerida ou em contato com a pele, mucosa e olhos. Isso não faz desse falso cacto uma planta que não possa morar na sua selvvva. Afinal, bastam a observação e a prevenção, protegendo-se desta substância, para um convívio harmonioso.
Ripsális-flor-amarela
Quem vê essa cabeleira exuberante não imagina que o ripsális-flor-amarela faça parte da família dos cactos, com ramos gordinhos, prontos para guardar água e dar conta dos períodos de estiagem.
De tempos em tempos, as flores delicadas, que vão do amarelo ao laranja, despertam entre a primavera e o verão. Se você quer ser presenteado com elas, escolha os lugares de sol pleno para o seu ripsális.